Este foi um tema abordado durante uma
aula de Evangelização na Casa de Clarêncio. Foi assim: “Estávamos conversando
sobre qual deve ser a nossa conduta diante do nosso próximo, o que é que Jesus
espera de nós. Como devemos agir em família? Respondi que, como filhos, também tínhamos
a obrigações em casa, como por exemplo, de obedecer aos nossos pais evitando,
principalmente, desentendimentos.
Uma coleguinha, então, comentou que em
sua casa, quem havia gerado o desentendimento tinha sido sua mãe e explicou:
– “Minha mãe havia combinado comigo que
iríamos ao shopping no final da tarde de sábado e uma vizinha chegou sem
avisar. Minha mãe se esqueceu do compromisso e quando a visita foi embora já
era tarde demais para sairmos. Discuti com minha mãe, pois ela não cumpriu o
combinado, ela ficou chateada e me colocou de castigo.” E finalizou
perguntando: “– Quem estava certa eu ou minha mãe?”
Naquele momento pude perceber que cada
vez mais esse tipo de situação vem se tornado comum na nossa sociedade. Nossas
crianças e jovens participando e opinando mais em assuntos familiares...
A coleguinha se calou, achando que ela tinha razão em agir daquela forma.
Decidi usar outro exemplo. Perguntei a
todos se já tinham assistido a uma partida de futebol. Os meninos logo se
manifestaram positivamente e para as meninas perguntei se pelo menos sabiam o
que geralmente acontecia quando um jogador perdia uma chance na cara do gol ou
o que acontecia quando o árbitro marcava um pênalti inexistente. Todos
responderam: “– A torcida xinga e grita um monte de palavrões.” Daí começaram a
comentar que isso era comum e que todos agiam assim...
Então, eu perguntei à eles: “–Vocês
falam palavrões na frente da sua família? Ou na frente da professora? Falam
palavrões na Casa Espírita?” Responderam negativamente e se entreolharam
cabisbaixos...
Perceberam, naquele momento, que nem tudo o que é comum é certo.
Passaram a dar outros exemplos, como avançar o sinal, furar filas, jogar papel
no chão, falar dos outros, colar na prova...
Depois desse dia decidi que devia trazer
esta experiência pra vocês, leitores do Suplemento Infanto Juvenil do Jornal
Clareando. Mas era pouco e precisava de um bom embasamento.
Pesquisei o Evangelho Segundo o
Espiritismo e encontrei o Capítulo XXI que possui o 1º item intitulado: Conhece-se a árvore pelo fruto. Com
este título coroamos a lição daquela noite, pois: “A árvore que produz maus
frutos não é boa e árvore que produz bons frutos não é má porquanto, cada
árvore se conhece pelo seu próprio fruto. Não se colhem figos de espinheiros,
nem cachos de uvas nas sarças (matagal). – O homem de bem tira boas coisas do
bom tesouro do seu coração e o mau tira as más do mau tesouro de seu coração;
porquanto a boca fala do que está cheio o coração. (S. Lucas Cap. VI. vv. 43 a
45)
Completei, à nossa coleguinha, que
independentemente de sua mãe estar certa ou errada, ela tinha o dever de
conversar de forma amigável dando o exemplo de boa filha e espírita evitando
constrangimento, brigas e mal-estar entre seus entes queridos.
Quero deixar uma sugestão a todos. Se no
dia-a-dia houver dúvida sobre como devemos agir diante de uma situação,
reflita: “O que Jesus faria se estivesse no meu lugar? Como ele agiria?”
Hoje, repito a vocês a pergunta que fiz
a mim mesma: “Que tipo de árvore você quer ser? Que tipo de fruto você está
distribuindo ao seu próximo?”
...“Uma árvore boa não pode produzir
frutos maus... (S. Matheus, Cap.VII, vv. 15 a 20)
Um
Beijo, Tia Paty.
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