Para mim são dois temas relacionados. Queria
dizer que conheci o Espiritismo ainda criança, cresci freqüentando o Centro
Espírita e um tema que sempre me fascinou dentro da Doutrina foi o Sonho. Este
assunto está no capítulo VIII do Livro dos Espíritos (L.E.). Livro este que poderia
ser chamado de “Livro de Perguntas e Repostas dos Espíritos”. Sim, porque são os Espíritos encarnados,
entre eles, Allan Kardec, que fazem as perguntas e são os Espíritos desencarnados
que respondem.
Estranho?!
Não... nada tem de estranho... Se quiser conhecer garanto que a leitura desta
obra será uma viagem incrível e garanto também que, muitas vezes, terá a
sensação de que você, como eu, já tinha esse conhecimento, estando apenas adormecido.
A-dor-me-ci-do. Huumm... me faz voltar ao assunto “Juventude
e Sonhos”. Como estava dizendo, comecei jovem e o tema sempre me interessou. Eu
sonhava muito e tinha vários tipos de sonhos. Esses que temos enquanto
dormimos, durante o sono. Na verdade, a pergunta 401 do L. E. explica bem que
quem dorme ou descansa é o corpo, porque o Espírito mesmo, nunca está inativo!
O Espírito não dorme, os laços que o prendem ao corpo se afrouxam e o Espírito
se lança pelo “espaço” e entra em uma relação mais direta com outros Espíritos.
A esta altura deve estar se perguntando: “E o
que isto tem a ver com os sonhos? Onde entra a Juventude nesta estória??” Bem,
eu chego lá...
Já não sabe
que o Espírito dá umas voltinhas enquanto o corpo dorme? Então, “o sonho é a
lembrança do que o Espírito viu durante o sono.” Nota, porém, que nem sempre
sonhamos. Sim, nem sempre sonhamos. Sabe o que quer dizer? Que nem sempre nos
lembramos do que vimos enquanto dormíamos... Não entendeu?! Eu explico. Não!
Melhor! O Livro dos Espíritos explica na resposta da pergunta 403: É que “o
corpo é constituído de matéria pesada e grosseira e dificilmente conserva as
impressões que o Espírito recebeu durante o sono, porque essas impressões não
chegaram ao Espírito por intermédio dos órgãos, dos sentidos do corpo. Em
outras palavras, é como se você tentasse perceber a delicadeza do perfume de
uma flor usando a experiência de outra pessoa, ou, se tentasse enxergar
perfeitamente sem usar seus óculos de grau... É por isso, que às vezes lembramos
apenas de algumas partes dos sonhos ou só nos lembramos do sonho assim que
acordamos e logo depois esquecemos.
“E aqueles
sonhos absurdos que temos?” Essa explicação está no comentário da pergunta 402
onde os Espíritos mesmos respondem que os maus espíritos se aproveitam dos
sonhos para atormentar as almas fracas e frágeis.
E é aí que
entra a Juventude! É!! A Juventude!!
Como assim: “A
Juventude?” É nessa fase que temos as dúvidas mais difíceis. Difíceis porque a
gente não sabe bem a quem recorrer, ou por medo ou por vergonha.
A juventude é
uma fase natural de descobertas, de comparações e de sonhos... Só que estes
sonhos agora não são apenas os sonhos que temos durante o sono, mas também os
sonhos que temos quando estamos acordados e que são influenciados ou guiados
por tudo o que nos rodeia: amigos, escola, família, relacionamentos...
Um pouco antes
no LE a pergunta 385 diz que “é ao sair da adolescência que ocorre uma mudança
no caráter do indivíduo. Os Espíritos prevêem que após 15 ou 20 anos de
proteção e assistência dos pais, é que os filhos – jovens adultos – revelam o
seu caráter real e individual. Conservando-se bons se eram fundamentalmente
bons”.
Então, podemos
concluir que os jovens têm uma missão consigo mesmos, pois é nesta idade que
devem estar mais acessíveis aos conselhos daqueles que devem fazê-los
progredir. E é nesta fase que devemos reprimir os maus hábitos, pois os
Espíritos só entram na vida corporal para se aperfeiçoarem.
Fica
o recado: Jovens1, quando seus sonhos6 os levarem ou induzirem a caminhos2 estranhos ou quando surgir um pingo de dúvida7, medo3, ou culpa sobre o que estão prestes
a fazer, procurem sua família4: seu pai, sua mãe, avós... Ou, procurem na Casa Espírita5 aquele que é, nada menos, que seu Amigo9, procurem o Evangelizador8.
Não tenha dúvida. Tenha Amigos!
Um beijo, Patrícia Furlan.
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