Queridos leitores, gostaria de compartilhar sobre a experiência que tem sido esmiuçar O Evangelho Segundo o Espiritismo com vocês. Tenho feito descobertas interessantes e importantíssimas e sempre que tenho a oportunidade de dividir estes ensinamentos nesta coluna mensal me sinto muito bem e, em retribuição a esta chance que me é dada procuro colocar tudo isso em prática. Daí, vejo, no dia-a-dia, como devemos orar e vigiar, pois sei dos obstáculos que dificultam essa caminhada. Mas, também sei que não é impossível. Por isso, este mês escolhi o tema: A Indulgência. Um dos ensinamentos que Jesus mais exemplificou e de tal forma, com tanta naturalidade que surpreende. No capítulo X do ESE “Bem aventurados os que são misericordiosos” no item 14 os Espíritos instruem sobre o perdão das ofensas e no item 16 sobre a indulgência, “sentimento doce e fraternal que todo homem deve alimentar para com seus irmãos, mas do qual bem poucos fazem uso”.
Na prática “a indulgência não vê
os defeitos dos outros, ou, se os vê, evita falar deles ou divulgá-los. Ao
contrário, oculta-os, a fim de que se não tornem conhecidos senão dela
unicamente, e, se a malevolência os descobre, tem sempre pronta uma escusa para
eles, uma desculpa plausível, séria, não das que, com aparência de atenuar a
falta, mais a evidenciam com má intenção. Não faz observações chocantes, não
tem nos lábios censuras; apenas conselhos e, na maioria das vezes, velados”.
Quando criticamos, o que esperamos
de nossas palavras? Será que já não fizemos a mesma coisa ou nunca faremos? Visto
que estamos censurando, valemos mais do que o culpado?! Quando será que julgaremos
os nossos próprios corações, os nossos próprios pensamentos, os nossos próprios
atos, sem nos ocuparmos com o que fazem nossos irmãos? Quando só teremos
olhares severos sobre nós mesmos?
Abaixo um texto que ilustra bem como devemos
agir para sermos indulgentes:
"Uma
história pra contar"
Certa
vez, uma jovem foi ter uma conversa com um sábio para confessar seus pecados.
Ele já conhecia muito bem uma das suas falhas. Não que ela fosse má, mas
costumava falar dos amigos, dos conhecidos, deduzindo histórias sobre eles.
Essas
histórias passavam de boca em boca e acabavam fazendo mal - sem nenhum proveito
para ninguém.
O sábio
disse: - Minha filha você age mal falando dos outros; tenho que lhe dar um
tarefa. Você deverá comprar um saco de penas no mercado e depois caminhar para
fora da cidade. Enquanto for andando, deverá pegar as penas e ir jogando pelo
caminho. Não pare até ter jogado tudo. Quando tiver feito isso, volte e me
conte. Ela pensou com os seus botões que era mesmo uma tarefa muito estranha!
Mas não se recusou. Comprou o saco de penas, saiu caminhando e jogando as
penas, como ele dissera. Depois voltou e
contou ao sábio.
- Minha
filha - disse o sábio - você completou a primeira parte da tarefa. Agora vem o
resto.
- Sim
senhor, o que é?
- Você
deve voltar pelo mesmo caminho e catar todas as penas.
- Mas, senhor,
é impossível! A esta hora o vento já as espalhou por todas as direções. Posso
até conseguir algumas, mas não todas!
- É
verdade, minha filha. E não é isso mesmo que acontece com os comentários que
você faz? Não é verdade que você inventa histórias que vão sendo espalhadas por
aí, de boca em boca, até ficarem fora do seu alcance??? Será que você
conseguiria segui-las e cancelá-las se desejasse?
- Não,
senhor.
- Então,
minha filha, quando você sentir vontade de dizer coisas indelicadas sobre seus
amigos, feche os lábios. Não espalhe essas penas, pequenas e maldosas, pelo seu
caminho.
Elas
ferem, magoam, e te afastam do principal objetivo da vida que é ter amigos e
ser feliz!!!
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“Sejamos severos conosco, indulgentes com os
outros. Sejamos indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai,
acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita. - José, Espírito protetor”. (Bordéus,
1863.)
Se cada um de nós fechasse os
lábios ao invés de dizer coisas indelicadas, essa história terminaria aqui. Pensem nisso... “Fora da caridade não há
salvação!”
Um beijo.
Patricia
Furlan.
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