Olá, queridos
leitores. Este mês escolhi falar sobre um tema muito sério que vem causando um
grande mal-estar e insegurança a todos nós: o Bullying. Queria, primeiramente, deixar claro o que é este termo. Ele é utilizado para
descrever atos de violência física, verbal ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de
indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de
indivíduos) incapaz(es) de se defender.
Por ser um fenômeno que só recentemente ganhou mais atenção, esse tipo de
violência ainda não possui um termo específico em português, sendo o termo em inglês bullying constantemente utilizado pela mídia. Existem entretanto termos como ameaça, assédio, intimidação,
judiação e implicância que
também são usados dependendo da intensidade da violência praticada.
Há três aspectos
que se destacam neste tipo de atitude: é agressivo e negativo; é executado
repetidamente; ocorre onde há um desequilíbrio de poder entre as partes
envolvidas.
O bullying divide-se em duas categorias:
direto e o indireto. O bullying
direto é a forma mais comum entre os agressores masculinos. A agressão social ou bullying indireto é a forma mais comum em agressores do sexo feminino e
crianças pequenas, e é caracterizada por forçar a vítima ao isolamento social.
Este isolamento é obtido por meio de uma vasta variedade de técnicas, que
incluem: dar apelidos depreciativos, espalhar comentários; recusar se
socializar com a vítima; intimidar outras pessoas que desejam se socializar com
a vítima; ridicularizar o modo de vestir ou outros aspectos socialmente
significativos (incluindo a raça da vítima, religião, incapacidades ou
defeitos: uso de óculos ou aparelhos dentários, etc).
O bullying não envolve necessariamente
criminalidade ou violência. Por exemplo, o assédio escolar frequentemente
funciona por meio de abuso psicológico ou verbal. Os valentões costumam ser hostis, intolerantes e agressivos para
resolver seus problemas.
Esse tipo de
violência também pode ocorrer em
situações envolvendo a faculdade/universidade, o local de trabalho, os vizinhos e até mesmo parentes. Qualquer que seja a situação, a vítima geralmente tem motivos para
temer o agressor, devido às ameaças ou concretizações de violência física ou
psicológica.
E sabem
porquê eu quis que vocês soubessem disso tudo?
Porque é
preciso que cada um faça uma auto-avaliação para saber se está sendo um
agressor mesmo que inconscientemente. É verdade, gente. Alguns destes atos são
“corriqueiros” e infelizmente nós mesmos praticamos sem perceber. Por isso: A T
E N Ç Ã O!!!
No Evangelho
Segundo o Espiritismo no capítulo IX, Jesus fala sobre injúrias
e violências nos itens 1,2 e3:
1. Bem-aventurados os que são brandos, porque
possuirão a Terra. (S. MATEUS, cap. V, v. 4.)
2. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão
chamados filhos de Deus. (Id., v. 9.)
3. Sabeis que foi dito aos antigos: Não matareis
e quem quer que mate merecerá condenação pelo juízo. - Eu, porém, vos digo que
quem quer que se ponha em cólera contra seu irmão merecerá condenação no juízo;
que aquele que disser a seu irmão: Raca, merecerá ser condenado pelo
conselho; e que aquele que lhe disser: És louco, merecerá ser condenado
ao fogo do inferno. (Id., vv. 21 e 22.)
No item 4, Allan
Kardec conclui que “Por estas máximas, Jesus faz da brandura, da moderação, da
mansuetude, da afabilidade e da paciência, uma lei. Condena, por conseguinte, a
violência, a cólera e até toda expressão descortês de que alguém possa
usar para com seus semelhantes. Raca, entre os hebreus, era um termo
desdenhoso que significava homem que não vale nada, e se pronunciava
cuspindo e virando para o lado a cabeça. Vai mesmo mais longe, pois que ameaça
com o fogo do inferno aquele que disser a seu irmão: És louco.
Evidente se
torna que aqui, como em todas as circunstâncias, a intenção agrava ou atenua a
falta; mas, em que pode uma simples palavra revestir-se de tanta gravidade que
mereça tão severa reprovação? E que toda palavra ofensiva exprime um sentimento
contrário à lei do amor e da caridade que deve presidir às relações entre os
homens e manter entre eles a concórdia e a união; é que constitui um golpe
desferido na benevolência recíproca e na fraternidade que entretém o ódio e a
animosidade; é enfim, que, depois da humildade para com Deus, a caridade para
com o próximo é a lei primeira de todo cristão.”
Vamos nos
vigiar mais e por um ponto final nesta história.
Abaixo um
texto que ilustra como tudo começa e como podemos terminar:
"Uma
história pra contar"
Certa vez, uma jovem foi ter uma conversa com um
sábio para confessar seus pecados. Ele já conhecia muito bem uma das suas
falhas. Não que ela fosse má, mas costumava falar dos amigos, dos conhecidos,
deduzindo histórias sobre eles.
Essas histórias passavam de boca em boca e acabavam
fazendo mal - sem nenhum proveito para ninguém.
O sábio disse:
- Minha filha você age mal falando dos outros;
tenho que lhe dar um tarefa. Você deverá comprar um saco de penas no mercado e
depois caminhar para fora da cidade. Enquanto for andando, deverá pegar as
penas e ir jogando pelo caminho. Não pare até ter jogado tudo. Quando tiver
feito isso, volte e me conte. Ela pensou com os seus botões que era mesmo uma
tarefa muito estranha! Mas não se recusou. Comprou o saco de penas, saiu
caminhando e jogando as penas, como ele dissera.
Depois
voltou e contou ao sábio.
- Minha filha - disse o sábio - você completou a
primeira parte da tarefa.
Agora vem o resto.
- Sim senhor, o que é?
- Você deve voltar pelo mesmo caminho e catar todas
as penas.
- Mas senhor é impossível! A esta hora o vento já
as espalhou por todas as direções. Posso até conseguir algumas, mas não todas!
- É verdade, minha filha. E não é isso mesmo que
acontece com os comentários que você faz? Não é verdade que você inventa
histórias que vão sendo espalhadas por aí, de boca em boca, até ficarem fora do
seu alcance??? Será que você conseguiria segui-las e cancelá-las se desejasse?
- Não, senhor.
- Então, minha filha, quando você sentir vontade de
dizer coisas indelicadas sobre seus amigos, feche os lábios. Não espalhe essas
penas, pequenas e maldosas, pelo seu caminho.
Elas ferem, magoam, e te afastam do principal
objetivo da vida que é ter amigos e ser feliz!!!
Pense nisso...
Fora da caridade não há salvação!
Se cada um de nós fechasse os lábios ao invés de
dizer coisas indelicadas, essa história terminaria aqui.
Um beijo.
Patricia Furlan.
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