Amai os Vossos Inimigos
Esse tema vai dar o que falar...
Prefiro começar esclarecendo que o povo Brasileiro de um modo geral é um povo pacífico, não está em guerra e por isso não tem inimigos.
Estava, certo dia, refletindo sobre os ensinamentos de Jesus, com o auxílio do Evangelho Segundo o Espiritismo quando “esbarrei”, no capítulo XXVIII, mais especificamente no item 46: “Disse Jesus: Amai os vossos inimigos. Esta máxima é o sublime da caridade cristã; mas, enunciando-a, não pretendeu Jesus preceituar que devamos ter para com os nossos inimigos o carinho que dispensamos aos amigos. Por aquelas palavras, ele nos recomenda que lhes esqueçamos as ofensas, que lhes perdoemos o mal que nos façam que lhe paguemos com o bem esse mal. Além do merecimento que, aos olhos de Deus, resulta de semelhante procedeu, ele equivale a mostrar aos homes em que consiste a verdadeira superioridade (Capítulo XII, números 3 e 4).”
Lendo estas palavras tive a certeza de que não se aplicaria a mim... Pois considero que não estou em guerra e por isso, não possuo inimigos ou inimigas...
Daí, “meio que caiu a ficha”... Lembrei-me (olha como a consciência pesa) de uma certa vizinha, já antiga em meu prédio e que costuma desobedecer as regras do condomínio. Vira e mexe me aborreço com seu comportamento desrespeito e abusado.
O mau hábito de bater tapetes no térreo, pendurar toalhas e lençóis nas dependências comuns do prédio ou “guardar” suas compras na geladeira do salão de festas costumam me incomodar.
Meus olhos apontaram para a parte “das ofensas” novamente, mas por orgulho continuei acreditando que nada tinha aquele assunto comigo. Afinal inimigo é uma palavra tão forte...
Para ter certeza disso resolvi terminar a leitura da Prece do item seguinte:
- Nesta parte há um espaço para completarmos com o nome da pessoa e o dela ainda não me veio a mente, ainda... Quando li a frase: “Se o colocaste no meu caminho, como prova pra mim, faça-se a Tua Vontade.”, eu vi!
Que hoje o inimigo é mais “light” vem como um vizinho chato, ou folgado. Nossa!
Veja só: “Livra-me, ó meu Deus, da idéia de o maldizer e de todo desejo malévolo contra ele. Faze que jamais me alegre com as desgraças que lhe cheguem,... a fim de não macular minha alma por pensamentos indignos de um cristão.”
Fiquei surpresa, demais da conta, ao perceber, quantas vezes repeti em pensamentos estas palavras: chata, teimosa ou folgada. A prece continua assim: “Desejo (...) que ocasião se me apresente de lhe ser útil, mas, sobretudo, ó meu Deus, preserva-me de fazê-lo por orgulho ou ostentação, abatendo-o com uma generosidade humilhante, o que me acarretaria a perda do fruto da minha ação... (Capítulo XIII, números 1 e seguintes).
Não tem muito tempo auxiliei sua netinha a subir até seu apartamento sem que me pedisse e achei que eu estava acima do bem e do mal. Ledo engano!
Puxa! Que lição! Que Consciência pesada!
Assim, termino esta crônica concluindo, que, se você como eu, acha que não temos inimigos, devemos começar Amando os vossos desafetos...
Eu vou pedir perdão pelos meus erros e pensamentos... e pedir aos Bons Espíritos que me inspirem a alimenta melhores sentimentos...
Que assim seja.
Tia Paty.
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